segunda-feira, 26 de abril de 2010

Vilas do Saber

- IX -

Nascente de grota grutas
Escamas de água águam os gaviões
Da janela um véio oiá a janela -
E de canela toma um quente

Candeeiro aceso na casa do padre
Cemitério de lua nova pro peixe tolo.
Uma caixa e uma xarada...

- Cutuca Zezim, cutuca Zezim
Pari é armadilha de pescador
Tropa anda em frente de cigano
Vila do Saber já em vem por lá

Outra vila – interioro .. interioro.
Interior e Hórus em orações e mato.
Queijo – passei dem dagua virou a lua
Zen D’en D’Água ascendeu o fogo
Mãe do ouro apareceu na madrugada

Manha em uma Vila do Saber
Sabeis o sol – o nascimento de tudo ...
Orvalhindo vai subindo em esporos cristais
Pão – café e uma calma de acordar que sonhei
Musica – de ontem a fora, fora muito azul

Trabaia brincando e brincando trabaia
O barco leva esta lenha para o outro lado do rio.
Para de chover quando o vento assovia sós.
Sem chuva da para a passagem passar

Volta à vida devagar e dinamicamente
Moinho – as considerações dos astros
Elevam-me a molhar as couves e as mostardas
Acompanhar o vento no calor causa delírio

Vila do Saber é sossegada dentro de mim
Em cima da montanha para as bandas de Lá
Tem outra chamada de Lapinha. Não é,
É angu duro, Itatiaia de lavras novas.

Eu acordei em uma Vila
em Mim - chão de aipim e pim de ai

Inter-oro pela capela dos anhagueras
As serranias encerram os raios solares
Defumações sobem ao céus
Estrela e agricultura andam juntas.
São a mesma ciência.

Aquela vila do saber tem outra língua
Vissunga alguma coisa para nossoutros
Ou nhegathu num fala mais?
Que bicho você fala?
São ou não são a mesma ciência?
A outra Vila é a de Candeias...

Você num fala nada... só escuta.
aonde tem leite tem lei. alem de leitor ...
Ou não sabes ler sua Vila? vida...
A sabedoria relincha uma vida cancioneira
Burro mestre não balança veneno de cobra

Coraci Q’Arca

II – poema em diversas partes do livro deslivro – vila do saber -
coraciq'arca - confraria da mascaras suspensas -

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